Resenha | "Avatar: O Caminho da Agua - O medo de perder o que se ama", Por Victor Martins
"Nas Ondas da Fé" | Entrevista: Leticia Lima + Marcelo Adnet
Curiosidades | Whitney Houston e seu legado no cinema
Cinema | “Desapega!”, comédia com Gloria Pires e Maisa, ganha trailer e cartaz oficiais
Cinema | Comédia nacional, "Fervo", ganha trailer e pôster oficiais

"2012"

"It's the end of the world as we know it"
Por Edu Fernandes (Homem Nerd
)

Adrian é um geólogo a serviço do governo dos Estados Unidos que recebe informações de que um grande desastre global está para acontecer. Junto com outras agências, traça um plano de ação para salvar a humanidade, mas parece que os eventos que desencadearão à catástrofe final estão acontecendo rápido demais. É com essa trama que o diretor alemão Roland Emmerich consegue mais uma vez espalhar destruição cinematográfica nos quatro cantos do globo com "2012" (2012).

Outra característica de seus filmes apocalípticos é focar a história em um homem comum, alheio aos grandes acontecimentos que afetam todos os seres humanos. Dessa vez, o representante do "ser humano comum" é representado por John Cusack. O personagem tem todos os ingredientes para tentar conquista a torcida de quem está assistindo: pai devotado, involuntariamente afastado dos filhos, e tentando recuperar o amor de sua ex-esposa. Por misturar argumentos científicos com profecias do fim do mundo, o roteiro traz referências bíblicas forçadas, como a chuva de fogo ou a pintura da Capela Sistina rachando exatamente entre os dedos de Adão e de Deus.

A repetição de elementos de outros filmes de Emmerich podem garantir que seus fãs fiquem satisfeitos, mas corre-se o risco de exaurir a fórmula. As frases de efeito já não soavam tão vem em "Independence Day". Depois do 11 de setembro, o mundo inteiro mudou menos o discurso da cinematografia desse repetitivo diretor. Para quem já conhece suas passadas destruições, que também incluem "O Dia Depois de Amanhã", "2012" não traz novidades. Até o presidente dos EUA negro parece ser influência de "Impacto Profundo".

Nem mesmo as inovações tecnológicas justificam-se, com o uso de cromaqui (quando os atores ficam na frente de uma parede verde) gritante. A computação gráfica convence, mas o final é muito cansativo. O espectador fica tentado a desistir da humanidade esperando que tudo acabe logo.







Imagens e vídeos: Divulgação (Sony Pictures)