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Cinema: "Reencontrando a Felicidade"

Um filme inquietante sobre os rumos da vida
Por Amanda Santana


Nicole Kidman e Aaron Eckhart, um casal tentando superar a perda do filho (Divulgação)

Reencontrando a Felicidade (Rabbit Hole), que estréia hoje, 6 de maio nos cinemas brasileiros, é um filme  muito melhor do que o título em português sugere. A história em si não nos tenta mostrar como os personagens buscam a felicidade de forma romantizada, mas sim em como buscar a felicidade diante do trauma de uma tragédia em família

Divulgação/Paris Filmes
O título original Rabitt Hole (Toca do Coelho) é na verdade uma analogia a história de Alice no País das Maravilhas, em que a protagonista tem que tormar decisões que modificarão a sua vida. É isso que os personagens buscam o tempo todo, como dar um novo rumo às suas vidas.

O filme é inquietante. Demonstrando os limites - e a perca dos mesmos, que uma pessoa traumatizada sofre. É possível perceber nessa história como as etapas dolorosas do processo de luto afetam a vida das pessoas. Nesse caso, um casal tenta recuperar a vida a dois, mas com as lembranças do filho que morreu em um atropelamento

A trama tem um ritmo lento compatível com o assunto abordado, mas o interessante é como o roteiro é conduzido de forma enigmática. Cena a cena é que são revelados os detalhes que compõe a história. Um exemplo é o garoto que a protagonista persegue em alguns momentos, que depois é revelado, pela condução da história, ser o responsável pelo acidente que matou o seu filho.

Traumatizada, Becca (Nicole Kidman) é uma mulher egoísta que busca formas de superar a perda do filho. Durante esse processo ela destrata a irmã, a mãe, o próprio marido Howie(Aaron Eckhart) e também os integrantes do  grupo de apoio que frequenta.

A atuação de Nicole Kidman é perfeita. Pode parecer absurdo, e ao mesmo tempo incrível, mas ela consegue ficar mal arrumada em muitas cenas, isso para sustentar a histeria da personagem.  Esse foi o papel que rendeu a indicação ao Oscar, como melhor atriz deste ano.

A doçura do filme está na forma como o casal conduzirá essa superação. Há diversos momentos de desvios e fatos que são omitidos, que depois servirão como impulso para a busca da harmonia.