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Play | Conferimos o conteúdo do LGBTFLIX

Cena de "Aqueles Dois", curta-metragem de Émerson Maranhão | Divulgação

Cultura e entretenimento para aliviar o período de isolamento social
 

Por Jurandir Vicari | Revisão: Paulo Costa

A sensação de isolamento imposta pela quarentena tende a ser pior para os gays, lésbicas, transexuais e a todos que se encaixam e pertencem a comunidade LGBTQIA+. Em sua grande maioria são pessoas que vivem em lares opressores que não aceitam sua sexualidade, e um pouco de cultura e entretenimento podem ajudar a diminuir tal sentimento.

Por isso, surfando na onda do #FiqueEmCasa, a ONG Vote LGBT resolveu contribuir reunindo centenas de filmes LGBTQIA+ em um só lugar e lançou a plataforma LGBTFLIX. Apesar do nome lembrar o de outro streaming a menção é só pra facilitar a memorização, pois o projeto não tem ligação com a famosa marca. 

Alguns dos filmes disponíveis já podiam ser vistos em streamings como YouTube e Vimeo, mas a iniciativa de reuni-los em mais essa plataforma é brilhante. A navegação é simples e você pode acessar facilitando o conteúdo, que já conta com aproximadamente 190 produções e você pode assistir o que melhor lhe atrair só indo pela letra da sigla, filmes com temáticas Lésbica, se encontram em L, Gays em G, e assim por diante. Mas há outras divisões como por assunto entre eles: família, raça, gênero, religião, e sexo.

"Reforma", de Fabio Leal | Divulgação

O forte do LGBTFLIX são os curtas e praticamente todos eles foram dirigidos por cineastas LGBTs e brasileiros ou tem a comunidade como tema. Assisti a alguns e posso dizer que a qualidade não deixa nada a dever, entre os que m ais gostei estão:

"Reforma", de Fabio Leal, o curta de aproximadamente 16 minutos apresenta Francisco, que sai com um rapaz diferente a cada dia, e revela à amiga Flávia que está insatisfeito com seu corpo gordo. Ela o ouve, mas tem dificuldade para entender a dimensão do problema do amigo.

Divulgação
Outro que também indico é "Aqueles Dois", que apresenta Caio José, enfermeiro de 25 anos, e Kaio Lemos que tem 38 e é pesquisador acadêmico. O cineasta Émerson Maranhão explora em seu documentário de 15 minutos a vida destes dois homens transgêneros, condição determinante para os rumos que tomaram suas vidas.

Quer mais facilidade? Os filmes podem ser assistidos no celular, tablets, notebooks...

E o mais importante, precisamos ultrapassar esse período conturbado, cheio de incertezas dá melhor forma e um pouco de cultura e entretenimento podem ajudar nisso e o melhor de tudo de forma gratuita. Eu recomendo separar e passar parte do seu tempo conferindo o conteúdo disponibilizado.