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Séries | "Julie and the Phantoms", por Jurandir Vicari (Resenha)



O que esperar de "Julie and the Phantoms"?

Por Jurandir Vicari | Revisão: Paulo Costa


A nova série da Netflix que entrou no catálogo do serviço de streaming em Setembro, já conquistou uma legião de fãs. Mas o que muito deles podem não saber, é que ela foi inspirada numa série nacional chamada "Julie e os Fantasmas", uma parceria entre a Nickelodeon com Band, isso em 2011, tendo duas temporadas. O enredo era muito semelhante: Julie vivida pela atriz Mariana Lessa, conhece três fantasmas, interpretados pelos atores Bruno Sigrist, Marcelo Ferrari e Fábio Rabello, e contou comparticipações de peso como Manu Gavassi, Kiko Zambianchi e Penélope Nova. A audiência não foi tão significativa, mas chamou a atenção de ninguém menos Keny Ortega, diretor de "High School Music" e "Descendentes", que deu uma repaginada, modernizou os figurinos e a adaptou a trama para um público mais global.

O seriado tem como público-alvo crianças e adolescentes, mas isso não impede de agradar a família toda uma vez que traz ingredientes para deliciar a todos como música muito boa, atuações carismáticas, romance impossível e tocando em temas delicados de forma lúdica.

A Netflix já possui em seu acervo, diversas produções teen de sucesso: "A Barraca do Beijo", "Por Lugares Incríveis", "Para Todos os Garotos que Já Amei", entre tantas outras, mas Julie promete se destacar pelo canto e dança. A temporada possui ao todo nove capítulos de aproximadamente 30 minutos cada, o que facilita nos apaixonarmos pelas personagens maratonando e já desejando que uma segunda temporada seja feita.

A trama mostra Julie, (Madison Reyes) uma adolescente comum do ensino médio que tem que superar o luto da perda da mãe, e consequentemente seu bloqueio de tocar e cantar em público, e para isso contará com a ajuda de três fantasmas, jovens músicos que morreram prematuramente, e a música cria o elo necessário para que todos se fortaleçam. O grande segredo da Banda é que os meninos só conseguem ser visto pelo resto do mundo, enquanto estão cantando e tocando juntos, tornando a união deles vital para todos, enquanto Julie vai superando seus limites e os fantasmas vão descobrindo o motivo de continuarem na terra.

O elenco ainda inclui nomes como Charlie Gillespie, Jeremy Shada e Owen Patrick Joyner, que interpretam respectivamente Luke, Reggie e Alex.




Se a palavra do momento é REPRESENTATIVIDADE, essa obra não peca e possui três importantes pontos: primeiro, a protagonista que tem descendência latina, explorada pela personagem da tia "enxerida", vivida pela atriz Alison Araya, que já participou de "Arrow" e "Riverdale". É um colírio aos olhos ver em papel de destaque uma jovem não branca e que demonstra todo o seu talento. Ela arrasa cantando e tocando sem deixar a interpretação de lado. Me emocionei em alguns momentos, em reflexo ao jeito que a atriz entoa as músicas com tanta paixão. Segundo, sua melhor amiga, Flynn (Jadah Marie), uma jovem negra e muito animada. E terceiro, o fantasma Alex é o representante da comunidade LGBTQIA+, e tem como interesse amoroso Willie (Booboo Stewart, de "Descendentes").

Sem sombra de dúvidas a cereja no bolo, é a qualidade musical! As canções, ao mesmo tempo que resumem o episódio, funcionam perfeitamente fora da série, podendo estar na playlist de quem nunca nem ouvi o nome de "Julie and the Phantoms". São todos singles que funcionariam perfeitamente no mundo real.

Numa série de fantasmas não teria como fugir do assunto morte, mas apesar da tristeza que pesa fortemente nos ombros da adolescente, tudo a encoraja a superar a sua perda, e o assunto é tratado de forma emocionante. Outros personagens também tem suas dores desenvolvidas na trama, mas nada de spoiler.

Por ultimo, mas não menos importante, vale destacar a escolha do vilão Caleb. Vivido pelo ator Cheyenne Jackson, que interpreta um vilão quase nos mesmos moldes que viveu Hades, de "Descendentes", um clássico vilão estilo Disney. Suas performances são as mais elaboradas e espetaculares, estando a altura de seu interprete. 

Comecei a assistir para aplacar a nostalgia que estava sentindo dos filmes músicas e acabei chorando e rindo com as personagens e seus dilemas, e me encantando com a qualidade da produção. Eu Recomendo!