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Cinema | Vai começar o "Festival Mix Brasil"




Mais importante festival de Cultura LGBTQIA+ da América-Latina começa nesta quarta-feira


A partir desta quarta-feira, 11/11 até o dia 22 de novembro, acontece a 28ª edição do Festival Mix Brasil, um dos mais importantes e celebrados eventos de cultura dedicados à diversidade do mundo, de forma online e gratuita, podendo ser assistido de qualquer parte do país. O Festival contará também com algumas sessões presenciais de cinema no CineSesc, espetáculos teatrais no Centro Cultural da Diversidade, e exposição em diversos Centros Culturais de São Paulo, com um número limitado de espectadores. Este ano a homenageada com o prêmio Ícone Mix será a drag queen Marcia Pantera, criadora do movimento Bate-cabelo e destaque em diversos filmes do cinema nacional.

Com direção de André Fischer e direção executiva de Josi Geller, a programação do Mix em 2020 traz 102 filmes de 24 países, espetáculos de teatro, música, seminário de literatura, laboratório audiovisual, mesas sobre temas relevantes para comunidade LGBTQIA+, artes visuais e o tradicional e famoso Show do Gongo. Tudo num só lugar: a plataforma do MixBrasil. "Iremos sentir falta do calor humano, dos encontros antes das sessões, mas o lado bom é a democratização do conteúdo do Festival, pois esse ano estaremos em todo Brasil", observa Josi Geller.

Para Fischer, a edição deste ano busca trazer uma mensagem de força e sorte como estímulo, para lembrar que tudo que está acontecendo vai passar e que sairemos mais fortalecidos. "Encontramos essa potência na imagem da figa, símbolo-gesto europeu apropriado pelas religiões brasileiras de matriz africana. A comunicação visual desse ano surge a partir de trabalho original de Felippe Moraes, que o reproduziu especialmente para o festival nas mãos de diversas pessoas", o resultado é uma exposição de fotografias em grandiosos lambe-lambes, que estará em diversos centros culturais de São Paulo.

"As Mil e Uma", filme de abertura do Mix | Divulgação


O Festival terá início no dia 11/11, quarta-feira, às 20h, com uma cerimônia totalmente online, que contará com um pocket show da cantora Linn da Quebrada seguido da exibição do premiado filme argentino, inédito no Brasil e selecionado para a seção Panorama do Festival de Berlim, "As Mil e Uma" de Clarisa Navas, que ficará disponível na plataforma do Festival a partir do término do show. No longa, em um retrato contemporâneo da periferia da cidade argentina de Corrientes, Iris conhece Renata, uma mulher jovem com um passado difícil, e imediatamente se sente atraída por ela. Iris e seus amigos superam medos e lutam contra a intolerância ao seu redor para viverem seus primeiros amores e experiências sexuais.

A programação de longas-metragens, organizada pelo diretor de programação de cinema do Festival, João Federici exibirá títulos de diretores e atores consagrados que fizeram parte da Seleção Oficial dos Festivais de Berlim, Veneza, Toronto, Sundance, Cannes e OutFest. Inéditos no Brasil, os destaques são "The World to Come" (EUA), de Mona Fastvold, que conta com Vanessa Kirby (da sêrie "The Crown") no elenco; "I Carry You With Me" (EUA, México), de Heidi Ewing, vencedor do prêmio do público em Sundance; "Saint-Narcisse" (Canadá), do enfant-terrible Bruce LaBruce; "Lingua Franca" (EUA, Filipinas), de Isabel Sandoval, eleito o melhor filme do Queer Lisboa deste ano; "Verão de 85" (França), de François Ozon, "Suk Suk" (Hong Kong, China), de Ray Yeung Pak; "Shiva Baby" (Canadá), comédia de Emma Seligman; "Pequena Garota", documentário francês dirigido por Sébastien Lifshitz, "Cured" (EUA), de Bennett Singer e Patrick Sammon, eleito o Melhor Documentário pelo público do Frameline, "Ellie & Abbie" (Austrália), de Monica Zanetti, "Emilia" (Argentina), de César Sodero, Seleção Oficial em Roterdã, "A Morte Virá e Levará Seus Olhos" (Chile), de José Luis Torres Leiva, que recebeu menção especial do júri em Mar del Plata , "A Cidade Era Nossa" (Países Baixos), de Netty van Hoorn, documentário sobre o movimento lésbico holandês nos anos 70.

A Mostra Competitiva de Filmes Nacionais deste ano reúne 9 títulos, em uma seleção fortemente marcada pelas investigações das afetividades e identidades da população LGBTQIA+. Entre os concorrentes ao Coelho de Ouro, a 
maioria fará a sua première nacional no Festival. Os selecionados são: "A Torre", de Sérgio Borges (MG);  "Alfabeto Sexual", de André Medeiros Martins (SP); "Limiar", de Coraci Ruiz (SP); "Mães do Derick", de Dê Kelm (PR); "Meu Nome É Bagdá", de Caru Alves de Souza (SP); "Para Onde Voam as Feiticeiras", de Eliane Caffé, Carla Caffé e Beto Amaral (SP); "Valentina", de Cássio Pereira Dos Santos (MG/DF); "Vento Seco", de Daniel Nolasco (GO) e "Vil, Má", de Gustavo Vinagre (SP).

"Vento Seco", um dos destaques da Competitiva Nacional | Divulgação

Quatro documentários relatam as vivências de diferentes populações ignoradas ou marginalizadas do nosso país no panorama Vozes do Brasil Real"Cinema de Amor"de Edson Bastos e Henrique Filho (BA); "Homens Pink", de Renato Turnes (SP/SC); "Prazer em Conhecer", de Susanna Lira (RJ)  e "Quem Pode Jogar?", de Marcos Ribeiro (RJ).

Já os curtas metragens contam com uma Mostra Competitiva com 13 filmes de 7 estados, além de outros 48 trabalhos nacionais e 20 estrangeiros. Os 13 programas temáticos de curtas trarão temas como "Corpos Cênicos", "Golden Girls & Boys", "Identidade e Política", "Inconciliáveis", "Mix Jovem", "Mulheres Alfa", "Nós Duas", "Sagrades", "Sexy Boyz 2020", "SP Mix", "Tensão em Família" e "Crescendo com a Diversidade", destinado ao público de todas as idades.

A 5ª edição do MixLab Spcine, encontro que visa o intercâmbio de experiências e relações profissionais na área cinematográfica,
 será totalmente online e abre com uma masterclass do cineasta Esmir Filho. O evento conta ainda com mesas como "Criação e produção de audiovisual LGBTQIA+ independente em tempos de pandemia" e "Produção de conteúdo LGBTQIA+ na cidade de São Paulo".  A parceria com a Spcine também é representada por uma vitrine exclusiva de destaques do festival, que será exibida dentro da plataforma Spcine Play durante 90 dias a partir do início do evento.

Confira toda a programação e maiores informações no site oficial do Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade.