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Play | "A Guerra do Amanhã", Resenha por Jurandir Vicari




Um filme que valoriza o conhecimento, sem deixar de fora muito tiro, porrada e bomba

Por Jurandir Vicari


"A Guerra do Amanhã" (The Tomorrow War) chega ao Amazon Prime Video trazendo muito tiro, porrada e bomba, e quem conseguir ver além disso, vai aproveitar melhor a experiência onde o ator Chris Pratt, salva o mundo mais uma vez. Eu havia assistido ao trailer e visto algumas notícias e achei que seria um filme de ação, escorrendo testosterona, mas eu estava enganado.

O slogan desse filme deveria ser: "Conhecimento é Poder"! No melhor da ficção científica vemos um obra que valoriza o conhecimento e sempre que possível dá uma alfinetada em quem pensa o contrário. Dando voz a personagens, que em determinado momento reforçam que o campo da pesquisa nunca é valorizada. Nós brasileiros sabemos muito bem disso.

A narrativa se inicia em 2022, inesperadamente no meio de um jogo da Seleção Brasileira de Futebol -  acho que ganharam os fãs brasileiros assim - onde aparecem soldados que anunciam que vieram do futuro, mas precisamente de 30 anos a frente, e precisam da ajuda de pessoas do presente para encerrar o conflito vindouro. Mas logo as pessoas percebem que quem se alistar não volta, e assim famílias e esperanças vão diminuindo, e a humanidade se vê em perigo de extinção.

Criaturas brutais em uma trama cheia de ação e suspense | Divulgação

O filme é um bom sci-fi, que conta como Dan Forester, personagem de Pratt, ("Guardiões da Galáxia" e "Jurassic World"), viaja no tempo para salvar o planeta Terra de alienígenas conhecidos como garras brancas, enquanto tenta resolver suas questões familiares. Dessa forma, vemos Dan viver situações conflitantes com sua esposa e filha, reverberando no seu pai ausente, James Forester (J.K. Simmons, que já amamos odiar desde "Homem-Aranha") e, apesar de poucas cenas, quando eles se encontram a química é excelente. A surpresa no elenco fica pela presença da atriz Yvonne Strahovski, famosa pela personagem Serena Waterford, de "The Handmaid’s Tale", que interpreta a filha de Dan no futuro, Muri Forester. Ela dá um show de atuação! O alívio cômico fica por conta do ator Sam Richardson ("Veep"), que interpreta Charlie.

Me surpreendeu saber que o filme foi dirigido por Chris McKay, que eu já era fã por conta a animação "Lego Batman: O Filme". Ele consegue ditar o ritmo caótico necessário sem que o longa se perca com tanta explosão, ação e gritaria. Os efeitos especiais e sonoros são de primeira grandeza. O investimento, que com certeza foi bem alto, captura a atenção dos mais exigentes fãs do gênero. Eles nos deram criaturas assustadoras, cruéis e  extremamente brutais, que intercalam boas cenas de suspense e desespero com muita ação e violência.

Assistindo ao filme me vieram a mente várias referências de outros como "Cloverfield" (2008), e a franquia "Tropas Estelares" (1997), entre outros. Ao final fiquei com a sensação de que colocaram tudo no liquidificador e fizeram um shake, apesar das resoluções simplistas impostas do meio pro fim do filme, confesso que o sabor me agradou.