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Cinema | Conheça "Meu Nome É Bagdá", longa nacional premiado internacionalmente

Epoderamento feminino, machismo, assedio e homofobia são temas presentes na obra | Foto por Camila Cornelsen


Filme é protagonizado por garotas skatistas de rua da periferia da cidade de São Paulo


Lançado mundialmente em 2020 no prestigioso Festival de Berlim, onde conquistou o prêmio de melhor filme da mostra Generation 14plus, "Meu Nome é Bagdá", da cineasta Caru Alves de Souza, protagonizado por garotas skatistas de rua da periferia da cidade de São Paulo, chega em setembro aos cinemas.

A obra acumula 14 premiações em eventos no exterior, entre elas a de Melhor Filme e Melhor Direção no Nordic International Film Festival, de Nova York; Melhor Filme pelo júri jovem do Gender Bender Festival, de Bolonha (Itália); Melhor Filme Latino-americano no Festival de Cine Latinoamericano de La Plata (Argentina); Prêmio do Público no Cormorán Film Fest (Corunha, Espanha); e de Melhor Atriz - Grace Orsato - e menção honrosa para o elenco feminino no Festival de Cine de Lima PucP (Peru).

Bagdá, a personagem central do longa-metragem, é uma garota de 17 anos que vive na Freguesia do Ó, bairro da periferia da cidade de São Paulo. Ela anda de skate com um grupo de meninos e passa boa parte do tempo com sua família e as amigas de sua mãe. Juntas, elas formam um grupo de mulheres pouco convencionais. Quando Bagdá finalmente encontra um grupo de meninas skatistas, sua vida muda. Em seu cotidiano ela encontra apoio familiar e empoderamento feminino, mas também machismo, assédio sexual e preconceito a seus amigos homossexuais.

A personagem título é interpretada pela skatista Grace Orsato, que vive seu primeiro papel no cinema. No elenco estão ainda Gilda Nomacce, a cantora e atriz Karina Buhr e a performer Paulette Pìnk. Além do elenco principal, "Meu Nome é Bagdá" tem também assinaturas de profissionais femininas no roteiro, direção, produção, fotografia e direção de arte.

Paulette Pink, Grace Orsato e Karina Buhr em cena de "Meu Nome é Bagdá" | Foto por Camila Cornelsen


Produzido por Rafaella Costa para a Manjericão Filmes, o longa vem traçando importante trajetória internacional, além dos prêmios já conquistados, a obra foi selecionada para mais de 60 importantes festivais, realizados na Europa, América do Norte, América Latina, Ásia e na África.

Segundo Caru, que também é corroteirista da obra, o roteiro nasceu "do desejo de contar uma história sobre situações cotidianas vividas por personagens oriundos de um bairro de classe média baixa da cidade de São Paulo, tentando encontrar a poesia existentes nas situações prosaicas". Segundo ela, a intenção foi fazer um filme "com personagens mulheres que fossem fortes e fugissem dos estereótipos, e também se fortalecessem através dos laços criados entre si". Com isso, "permitiriam ilhas de amor e afeto, num mundo que frequentemente é hostil a elas", conclui a diretora.

Nascida em 1979 na cidade de São Paulo, a diretora, roteirista e produtora Caru Alves de Souza é formada em História pela USP. Dirigiu, entre outros, o curta-metragem "Assunto de Família" (2011), exibido em mais de 40 festivais ao redor do mundo. Seu longa de estreia, "De Menor" (2013), foi eleito como Melhor Filme na Première Brasil do Festival do Rio. Seu próximo longa é "Corações Solitários", que traz em seu enredo uma protagonista que tenta preservar um decadente cinema pornô no centro da cidade de São Paulo.

"Meu Nome é Bagdá" estreia em 16 de setembro em salas do Rio de Janeiro e São Paulo. E a partir de 22/09, a obra chega a 100 cinemas de 40 cidades da França. Pagu Pictures distribui o filme em território nacional e a empresa francesa Wayna Pitch, é responsável pelo seu lançamento internacionalmente.