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Cinema | "Mulher-Maravilha 1984", por Paulo Costa (Resenha Sem Spoilers)



Um filme movido por amor, fé e esperança, tudo o que mais precisamos nestes tempos nebulosos

Por Paulo Costa


Depois de muitos adiamentos, a polêmica na decisão da Warner Bros. lançar o longa quase que simultaneamente nos cinemas e no HBO Max nos Estados Unidos, e principalmente, depois de muitas incertezas se as salas de cinemas reabririam e se manteriam em atividade, um dos momentos mais esperados para os fãs que aguardavam ansiosos por um dos maiores filmes do ano chegou.

"Mulher-Maravilha 1984" esta prestes a estrear nos cinemas. A trama, desta vez ambientada em 1984, como já diz o título, durante a Guerra Fria, Diana Prince se vê envolvida em um grande conflito com Max Lord e também Barba Minerva, enquanto tenta compreender como um grande amor do passado, Steve Trevor, possa estar vivo novamente.

Diferente do primeiro longa onde temos uma Diana Prince muito mais doce, inocente e carismática, conhecendo pela primeira vez uma figura masculina e experimentando o amor puro e verdadeiro, Gal Gadot entrega neste novo filme uma mulher muito mais madura, centrada e, de certo modo, ainda vivenciando o luto pela perda deste primeiro amor, e mesmo assim a personagem consegue trazer tons de leveza sem perder o seu encanto e todo o protagonismo feminino que esta heroína carrega.



Falando em Steve Trevor, a sacada para trazer tanto o personagem, como o ator que o interpreta, Chris Pine, de volta à trama, após os acontecimento de "Mulher-Maravilha" (2017), que se passa em 1910, durante a Primeira Guerra Mundial, é simplesmente única e genial. Além do personagem trazer o alivio cômico necessário em alguns momentos da trama, e, desta vez, assumindo o oposto de Diana, e se entretendo, se maravilhando com a década de 1980, carrega consigo uma certa inocência.

Outra personagem que traz um pouco de humor até certo ponto da trama é Barbara Minerva, interpretada pela incrível Kristen Wiig, uma mulher inteligente, mas muito insegura de si e também invisível aos olhos dos outros, que ao se tornar a Mulher Leopardo, rival de Diane Prince, muda completamente o universo ao seu redor e coube a Wiig trazer mais seriedade e também ganância a esta personagem, que eu gostaria de ter visto brilhar um pouco mais em cena, mas ainda assim brilha em tela.

E, se tratando de personagens, Pedro Pascal entrega um Max Lord indescritível, movido por ganância e soberba, é uma das grandes surpresas do filme, e temos que agradecer a Warner, que mesmo depois de muitos trailers e alguns vídeos promocionais, não entrega nem um pouco a grandeza que o personagem possui, e que Pascal o deixa ainda mais grandioso.




As sequências de ação é um dos maiores trunfos da diretora Patty Jenkins, que consegue trazer incríveis, seja dos primeiros e energéticos minutos do longa com personagem ainda criança em uma competição com outras amazonas, seja nas batalhas travadas com os vilões, são todas muito bem dirigidas, coreografadas e o mais importante, muito bem inseridas na trama, que com uma primorosa edição e a trilha original composta por ninguém menos que Hans Zimmer deixa tudo em um ritmo fluido.

Com aproximadamente 150 minutos de duração, o longa é recheado de nostalgia e de fan services para deixar até o mais sisudo e exigente fã com um sorriso de orelha a orelha, e o melhor, assim como as cenas de ação, nada está ali por acaso, ou simplesmente jogado com a única intenção de nos agradar, é tudo muito bem pensando e colocado exatamente onde ele deveria estar.

O roteiro assinado por Jenkins em parceria com Geoff Johns e Dave Callaham nos entrega personagens, mesmo que envolvendo tons de magia, muito humanos e profundos, cada qual com suas motivações, sejam elas para o bem ou para mal, mas também transforma "Mulher-Maravilha 1984" em uma obra potente que fala sobre amor, fé e esperança, tudo o que mais precisamos para enfrentar esses momentos de incertezas, medos e angustias. De longe, este é um dos melhores filmes que a DC já entregou, além de se fazer necessário e de suma importância.